Eira XLII : O Minho

 

O Minho
Ao passar por Ourense vai caladinho
*

Nom viches como dança o Minho,
que en cadanseu giro de compasso,
um pai fai um bico celestial
de amor puro ao seu filho.

Nom vés que cos
olhinhos pechados,
cheiraches um jasmim e
tragaches o seu néctar.

Que nom sintes que Deus
deuche uma força
que já nom te deixará
mais nunca.

Nom vés que Deus
faiche um bico
en cada giro do teu corpo,
en cada muda do compasso.

Non ves que Deus
faiche um bico
coma se foras seu filho,
amado e complacente Minho.




Moradelha editora




Comentarios

Publicacións populares deste blog

Eira XLVI : Tremor

Eira XLVII : Primeira feira

Eira L : Hélio e Carina