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Mostrando publicacións desta data: agosto, 2022

Eira XXXIII : Dimensom

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  Dimensom * Eu vim o seu espírito de moi nobre majestade, debuxado na dimensom duma pedra na parede. Seica vi-na noutro mundo, que minha alma nom comprende. Eu vim um raio divino numa ermida em Gomesende. Era uma luz reflexada dende o castelo de Sande, como uma guía traçada dende Santiago atá Bande. 🌟 Moradelha editora

Eira XXXII : A buchinha

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  A buchinha * -Que a rábia te coma, tés-me negro, Rafael !. A partires de hoje vou-te pór ao rego, nom vás ter nim fecha do que haja na casa. -Hás quedar bem quente, nom mirres o bico, nom seja que as leves. A quem se lhe ocorre abrir-lhe à buchinha a porta do pátio. -Aparelha a burra e vai atrás dela !. Nom volvas à casa, se volves sem ela !. Nós imos à veiga, atopa à tourinha. -E leva uma fouce e saco pra erva. Vem pola Fontela, traz um feixe dela. Hás levar um couce se volves sem ela !. 🌟 Moradelha editora

Eira XXXI : Silfinho

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  Silfinho * Cavalga coa cércia um silfinho polo alto da Moradelha. Sintem-se assubiar os pinheirales e as nuvens bulem cara à veiga. Reflexando-se nos meus olhos, entras cores azuis do ceo e o geado aire do norte, espigas de milho amarelo. Passeia um espírito encantado polos eidos da nossa aldea, vai ser boa a colheita iste ano, o silfo os campos alumea. 🌟 Moradelha editora